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Inspetorias da Guarda Municipal em debate
Audiência discute descentralização e fortalecimento da segurança em BH
 
Segundo a vereadora Marcela Trópia, o objetivo é abordar a falta de inspetorias em duas regionais da capital (Oeste e Nordeste) e propor modelo de gestão baseado em dados e metas
 
A Câmara Municipal de Belo Horizonte realiza nesta quarta-feira (10), às 13h30, uma audiência pública para discutir a estrutura, o funcionamento e os desafios das inspetorias da Guarda Civil Municipal (GCMBH). O encontro foi convocado pela vereadora Marcela Trópia (Novo) e contará com representantes de órgãos públicos, especialistas e lideranças comunitárias. Foram convidados integrantes do Executivo municipal, do Ministério Público, da Polícia Militar, da Defensoria Pública, da OAB-MG, da UFMG e administradores regionais da capital.
 
Atualmente, Belo Horizonte possui dez regionais administrativas. Quatro delas dividem inspetorias: as regionais Oeste e Noroeste estão vinculadas à inspetoria na Regional Noroeste, enquanto Leste e Nordeste compartilham a inspetoria na Regional Leste. Dessa forma, ainda faltam sedes próprias em duas regionais (Oeste e Nordeste). Para a vereadora, essa situação compromete a descentralização das ações da Guarda e dificulta a proximidade com as demandas específicas de cada território.
 
“Quando uma inspetoria atende duas regionais ao mesmo tempo, perde-se agilidade na resposta e eficiência no patrulhamento preventivo. Nosso objetivo é discutir como garantir a presença da Guarda em todas as regionais, fortalecendo uma política de segurança cidadã mais próxima da população”, afirmou Marcela Trópia.
 
A parlamentar defende que Belo Horizonte precisa adotar uma gestão mais inteligente da segurança pública, inspirada em modelos internacionais como o CompStat, programa implementado em Nova York para monitorar indicadores de criminalidade, estabelecer metas de redução e cobrar resultados dos gestores locais. A metodologia tornou as ações mais estratégicas e eficazes, servindo de referência para diversas cidades ao redor do mundo.
 
“A descentralização é uma ferramenta essencial para tornar a Guarda Municipal mais eficiente. Cada regional tem características próprias, e é justamente por meio de inspetorias estruturadas que poderemos integrar políticas públicas como zeladoria, iluminação e assistência social à segurança urbana”, destacou a vereadora.
 
Entre os benefícios esperados com a ampliação das inspetorias estão o aumento da rapidez no atendimento de ocorrências, maior integração com outros serviços públicos e o fortalecimento da confiança entre população e Guarda Municipal. A audiência também deve discutir o papel do videomonitoramento e o uso de tecnologias para orientar o trabalho da corporação.
 
São esperados para o debate o secretário municipal de Segurança e Prevenção, Márcio Lobato Rodrigues, o comandante da GCMBH, Júlio César Pereira de Freitas, o procurador-geral de Justiça de Minas, Paulo de Tarso Morais Filho, o comandante-geral da PM, coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, além de representantes da OAB-MG, da Defensoria Pública, da UFMG e dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseps).
 
“Segurança não é apenas aumentar efetivo ou reforçar rondas. É planejar com inteligência, descentralizar a atuação e aproximar a Guarda da vida real das pessoas. Esse é o caminho para que Belo Horizonte seja uma cidade mais segura e mais livre para seus cidadãos”, concluiu Marcela Trópia.
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