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FESTIVAL TEATRO EM MOVIMENTO RECEBE CÁSSIA KIS COM O ESPETÁCULO “MEU QUINTAL É MAIOR DO QUE O MUNDO”
 
Em sua 18ª edição, o Festival Teatro em Movimento recebe Cássia Kis para duas apresentações do monólogo “Meu Quintal é Maior do que o Mundo”, que estreou em janeiro de 2019, em São Paulo.  A peça traz 18 poemas de Manoel de Barros (1916 - 2014), extraídos do livro “Memórias Inventadas”. Conhecedora da obra do poeta, a atriz se considera uma excelente leitora do escritor mato-grossense. Após descobrir sua poesia em 1980, estabeleceu uma relação não só com a obra do autor, mas com o próprio Manoel, com quem se correspondia e de quem se tornou amiga. E foi justamente um livro de Manoel que a atriz escolheu para marcar sua volta aos palcos depois de 10 anos (sua última peça foi O Zoológico de Vidro, de 2009). A nova montagem se passa em um quintal, representado no palco por um tapete, no qual Cássia interpreta quatro diferentes personagens: um menino com 5 anos, um jovem de 15, um homem de 40 e um idoso de 85. A peça tem direção, cenário e figurinos de Ulysses Cruz, parceiro de trabalho de Cássia há 40 anos e com quem ela divide a criação do texto e, ainda, Gilberto Rodrigues, responsável pela execução da música ao vivo e pela direção e criação musical. O espetáculo será encenado nos dias 12 e 13 de outubro, sábado, às 21h, e domingo, às 19h, no Teatro SESIMINAS, com ingressos a partir de 25 reais. As sessões contarão com tradução em Libras. 
 
A realização de “Meu Quintal é Maior do que o Mundo” é do Festival Teatro em Movimento com o patrocínio do Instituto Unimed BH e Itaú, por meio da lei Federal de Incentivo à Cultura. 
 
Em “Meu Quintal é Maior do que o Mundo” a atriz Cássia Kis abre a cena revelando as fontes de inspiração do poeta: a criança, o passarinho e o andarilho. Em seguida, ao pisar num tapete no centro do palco e com um livro em mãos, a atriz evoca o universo poético do cerrado brasileiro, tão bem descrito pelo poeta. A participação do músico Gilberto Rodrigues é fundamental: ao vivo ele executa a trilha sonora que costura a encenação. A luz de Nicolas Caratori valoriza a narrativa da montagem. “A peça é literatura, pois pede que o espectador ouça frases bem construídas, a forma como ele dizia essas palavras, as dores que estavam ali escondidas. Manoel era como um andarilho que inventava caminhos,” descreve Cássia.
 
O espetáculo 
Para realizar o antigo sonho da atriz, que acalenta o desejo de criar uma versão para o palco da obra de Manoel de Barros há quatro décadas, Ulysses Cruz decidiu rever estudos iniciais desenvolvidos por Cássia e Jayme Compri (que integrava o grupo do diretor, Boi Voador, que o próprio Ulysses indicara), para a construção de possíveis cenas. "Quando Cássia retomou o projeto da peça, história recorrente em sua vida, eu gelei. Ao perceber sua determinação e o risco de ela montar o trabalho com qualquer outra pessoa, eu – que tenho um prazer absoluto em trabalhar com ela, sua qualidade como atriz é superlativa – topei na hora". A sacada de Ulysses ao ler o livro “Memórias Inventadas” foi perceber que todos os textos continham um enredo. "De cara entendi que não dava para fazer o livro todo pela quantidade de textos e o risco da fragmentação em pequenas histórias, que geraria dificuldade de compreensão".
 
Assim, com base em três conceitos - onde se passa a ação, quem está na ação e o que estão fazendo - Ulysses organizou 18 textos para a montagem. O trabalho incluiu a necessidade de ligar um texto ao outro para ampliar a ideia de continuidade. A estrutura da peça permite que o público entenda quais são as fontes do poeta por meio de uma divisão em blocos. O primeiro bloco reúne textos com as descrições do cenário que Manoel de Barros faz de seu mundo: o quintal, simbolizado pelo tapete. O segundo bloco mostra quem é a pessoa que descreve tais cenários, ou seja, o menino, o homem ou o velho Manoel de Barros. Finalmente, os textos trazem os objetos de inspiração do poeta. Ulysses também se colocou no lugar do público e gostaria que ele sentisse "a alegria de ouvir textos tocantes, surpreendentes, lindos, felizes, angustiados, dramáticos, engraçados e bem-humorados”.
 
FICHA TÉCNICA
Obra: Manoel de Barros / Elenco: Cássia Kis / Concepção e direção geral: Ulysses Cruz / Adaptação do texto: Cássia Kis e Ulysses Cruz / Cenário e figurinos: Ulysses Cruz / Direção e criação musical: Gilberto Rodrigues / Execução musical: Gilberto Rodrigues / Fotografia e Design: Gal Oppido / Design de luz: Nicolas Caratori / Assistente de iluminação: Vitória Pamplona / Direção de Movimento: Cynthia Garcia / Costureira: Judite de Lima / Adereços: Luis Rossi / Coordenação de Circulação: Selene Marinho e Sergio Mastropasqua/ Produção Original: SESI – SP/ Realização em Belo Horizonte: Festival Teatro em Movimento, com o patrocínio do Instituto Unimed BH e Itaú, por meio da lei Federal de Incentivo à Cultura/ Corealizador: SESIMINAS / Assessoria de Imprensa: Jozane Faleiro / Produção Local: Rubim Produções
 
SERVIÇO:
“Meu Quintal é Maior do que o Mundo”, com Cássia Kis
Duração: 70 minutos / Gênero: Prosa Poética / Classificação: livre
Dias e horários: 12 e 13 de outubro, sábado, às 21h e domingo, às 19h
Local: Teatro SESIMINAS - Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia/BH
Valor do Ingresso: Plateia I- R$  60,00 (inteira) - R$  30,00 (meia entrada)
Plateia II- R$  50,00 (inteira) - R$  25,00 (meia entrada)
Informações:  3241-7181
Site: www.teatroemmovimento.com.br
 
MANOEL DE BARROS
Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá (MT), em 19 de dezembro de 1916, e mudou-se para Corumbá (MS), onde se fixou em uma fazenda no Pantanal. Estudou num colégio interno em Campo Grande e depois no Rio de Janeiro. Anos depois, passou um tempo na Bolívia e no Peru e, em seguida, morou por um ano em Nova York, onde estudou Cinema e Artes Plásticas no Museu de Arte Moderna (MoMA). 
 
É autor de 18 livros de poesia, além de livros infantis e relatos autobiográficos. Recebeu duas vezes o Prêmio Jabuti, duas vezes o Prêmio Nestlé e também foi premiado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), pela Biblioteca Nacional e pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Manoel de Barros conta com uma consistente fortuna crítica, mas seus comentários sobre a própria obra são considerados os mais agudos e aparecem tanto em entrevistas quanto nos versos que escreveu “desexplicando” o próprio trabalho literário. Segundo ele, “ao poeta faz bem desexplicar”, ou melhor, o entendimento de sua poesia não passa pelo crivo cerebral, pois “não é por fazimentos cerebrais que se chega ao milagre estético senão que por instinto linguístico”. Faleceu em novembro de 2014, pouco antes de completar 98 anos.
 
CÁSSIA KIS 
Cássia Kis nasceu em São Caetano do Sul (SP), em 6 de janeiro de 1958. Formou-se em atriz pela Fundação das Artes, uma das melhores escolas de música e teatro da América Latina. Recebeu diversos prêmios por suas atuações. Na televisão, participou de dezenas de séries e novelas, se tornando conhecida nacionalmente por interpretar Leila, a assassina de Odete Roitman em Vale Tudo, a cômica Ilka em Fera Ferida, a protagonista Ana Lúcia em Barriga de Aluguel, a oportunista Isabel em Por Amor, a grande vilã assassina Adma em Porto dos Milagres, a sofrida Maria em JK, a beata Mariana em Paraíso, e a humilde Dulce em Morde & Assopra, entre muitos outros. No teatro, atuou nos espetáculos “Alice, o que uma menina bonitinha como você faz num país como esse?” (1979), “O Coronel dos Coronéis” (1980), “Quem Governa o Rei?” (1981), “Fedra” e “Arícia”(1986), “Últimas Luas” (2001) e “O Zoológico de Vidro” (2009). 
 
FESTIVAL TEATRO EM MOVIMENTO
O Festival Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim, completa 18 anos, em 2019. Desde então, contabiliza 277 montagens, que somam mais de 738 apresentações, envolvendo cerca de 800 artistas, em 14 cidades, 27 teatros e público superior a 340 mil pessoas. Há 17 anos, o Festival possui como foco principal a circulação de espetáculos e atividades de formação ligadas às Artes Cênicas, valorizando, sobretudo, a produção teatral brasileira. Marcado pelo movimento contínuo de transformação, o Teatro em Movimento se destaca entre os festivais nacionais, como sendo o único festival com duração perene, durante todo o ano e não apenas em um curto período. Desta forma buscamos estimular a regularidade de uma programação teatral dentro do calendário anual de Belo Horizonte, com temporadas freqüentes entre janeiro a dezembro. Além da capital mineira, o Festival tem a possibilidade de acessar outras capitais e municípios, levando sempre em consideração a riqueza cultural brasileira, valorizando o que é produzido no país e primando pela excelência técnica e artística das produções. Para somar a isso, há 3 anos incluímos a tradução em libras em todos os espetáculos do Festival. Esta foi umas das grandes conquistas do projeto, sempre com o desejo de incluir cada vez mais pessoas em nossos espetáculos, tornando-os cada vez mais democráticos e acessíveis. Em 2018 incluímos também, sessões de bate-papo com os artistas após as sessões, ampliando assim a experiência do público. 
 
Inicialmente, atuando em Minas Gerais e seu entorno, o projeto trouxe à capital mineira e algumas cidades do interior, espetáculos com peso nacional, tendo no elenco atores como Bibi Ferreira, Lázaro Ramos, Tais Araújo, Selton Mello, Renata Sorrah, Thiago Lacerda, Grace Passô, Débora Falabela, Yara de Novais, Mateus Solano, Glória Menezes, Antônio Fagundes, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Marco Nanini, Luana Piovani, Lilia Cabral, Rodrigo Lombardi, Cláudia Raia, Marisa Orth, Paulo Gustavo, Julia Lemmertz e muitos outros. Dentre os espetáculos que o projeto deslocou para a capital mineira estão “Hamlet”, “Incêndios”, “Esta Criança”, “Gonzagão –a Lenda”, “Bibi Ferreira – Histórias e Canções”, “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf”, “O Grande Circo Místico”,  “New York, New York”, “Bem-vindo, Estranho”, “Milton Nascimento –Nada Será Como Antes”, “Cassia Eller –o Musical”, “Azul Resplendor”, “Poema Bar”e muitos outros.
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