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Exposição no Museu de Arte da Pampulha traz novas ações de Paulo Nazareth

 
A exposição “Faca Cega”, do artista brasileiro Paulo Nazareth, será prorrogada até o dia 7 de abril com novas ações propostas pelo artista. A mostra, realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, vai contar com a participação de convidados e do público, tais como distribuição de panfletos e a obra-acontecimento “Casamento de Antônio”. Constituída com obras provocativas, criadas ou reunidas especialmente para o Museu de Arte da Pampulha, a exposição inédita pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada gratuita.
 
A primeira novidade é a distribuição dos panfletos que compõem uma obra da exposição. São 58 modelos de panfletos criados por Paulo Nazareth, gerando uma tiragem de cerca de 60 mil unidades. Os panfletos descrevem as obras apresentadas ou imaginadas para o Museu de Arte da Pampulha. Para adquirir um panfleto, o artista propõe que o visitante ofereça uma moeda ou cédula antiga. O dinheiro, que deve ter circulação entre 1964 e 1993, portanto anterior ao plano Real e sem valor comercial, completará um ciclo de trocas simbólicas entre público, artista e museu.
 
Para marcar o último fim de semana da exposição, o “Casamento de Antônio” será uma obra-acontecimento que usará o espaço do Museu para a celebração da união de um casal do Palmital, onde fica o ateliê do artista. Esta ação está marcada para o sábado, 6 de abril, às 15 horas. O prédio do Museu, que já recebeu festas de casamento da elite belo-horizontina, terá seu espaço glamoroso ressignificado pela apropriação popular.
 
Na cerimônia, serão servidos pratos típicos brasileiros como tropeiro e feijoada, que utilizam a carne de porco entre os ingredientes. O animal é referenciado em diversas obras do artista, incluindo a obra “Escuta”, que já integra a exposição desde sua abertura, e traz um entrelaçando em suas colunas um emaranhado de fios nos quais estão dependuradas dezenas de orelhas de porco defumadas. No mesmo dia, integrando a obra “Outubro Vermelho”, um ônibus faz o trajeto do bairro na periferia de Santa Luzia até a Pampulha.
 
Faca Cega
A exposição com curadoria de Janaína Melo traz 40 obras em vários formatos, como desenhos, coleções de objetos encontrados e instalações. Exibidas desde a abertura, em dezembro de 2018, elas continuam disponíveis para a fruição do público. No espaço externo do Museu estão, por exemplo, as instalações “Brasília - Jogos de Azar” e “Pato”. Paulo Nazareth posiciona em frente ao prédio do Museu de Arte da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer, um modelo amarelo-ouro do automóvel que foi símbolo do “milagre econômico brasileiro” e em seu bagageiro máquinas de jogos eletrônicos e música, que podem ser usadas pelos visitantes. Em meio aos jardins de Burle Marx, no espelho d’água, instala um pedalinho em forma de pato amarelo.
 
“Alegra-nos ocupar o Museu de Arte Pampulha, este importante equipamento cultural da cidade de Belo Horizonte, em especial, com a produção artística de Paulo Nazareth que nos faz refletir sobre o papel dos museus no mundo contemporâneo, sobretudo quanto à aproximação do público com a arte, a dessacralização do espaço museal e dos objetos de arte”, comenta o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira.
 
A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin, destaca que esta exposição integra o Projeto Arte Contemporânea, realizado pelo Museu da Pampulha. “Paulo Nazareth, artista de destaque na cena contemporânea internacional, já participou do Bolsa Pampulha. Realizar sua exposição hoje, doze anos depois, como parte do projeto Arte Contemporânea no Museu de Arte da Pampulha, reafirma as políticas da Prefeitura de Belo Horizonte de promoção e fomento da produção cultural e artística da cidade e do país”, completa Fabíola.
 
O artista
Paulo Nazareth é natural de Governador Valadares e possui sólida careira nacional e internacional. Sua biografia se entrelaça com revisionismos históricos, identitários e culturais. Em 2005, o artista integrou o Programa Bolsa Pampulha, o projeto de formação e residência do próprio Museu de Arte da Pampulha, destinado a jovens artistas. Desde então, o museu tornou-se uma referência em suas percepções. O retorno de Nazareth ao Museu, 12 anos depois dessa primeira experiência, ganha, portanto, um sentido especial na sua trajetória, perfazendo um ciclo.
 
A exposição “Faca Cega” rememora questões fundantes de sua produção, com a criação de novos trabalhos especificamente realizados para esta exposição, conectando complexos e ácidos estratos que movem sua trajetória poética. O trabalho de Paulo Nazareth tem presença regular em exposições, bienais e feiras de arte em todos os continentes. Segunda a curadora Janaína Melo, o artista fala pouco e escreve muito. “Sua escritura carregada de desenhos, fotografias e documentos históricos nos envereda na tessitura de nossas contradições, daquilo que nos faz, ao mesmo tempo, violentos e afáveis”, revelou.
 
 
Exposição Faca Cega | Paulo Nazareth
Visitação: até 07 de abril de 2019, terça a domingo, das 9h às 18h
Museu da Arte da Pampulha
Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585, Pampulha
ENTRADA GRATUITA
Informações para o público: (31) 3277-7996    
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