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Arquitetura & Decoração > Produtos ecofriendly fazem sucesso

Produtos ecofriendly fazem sucesso
A cooolhunter, Joyce Diehl, fala sobre a importância das escolhas responsáveis em relação ao meio ambiente

 

Muito se tem falado de produtos ecofriendly.  Mas o que realmente é isso? Poderíamos simplificar falando que são mais amigáveis ao meio ambiente. Uma forma de contribuir para a melhoria - ou pelo menos para reduzir os estragos - da natureza.

E, além disso, são tão responsáveis quanto eficientes - e lindos! Muitos são obtidos a partir de matéria prima renovável ou que pode ser encontrada em abundância, e que não poluem o ambiente - ou seu beneficiamento traz mais benefícios que problemas.
 
Entram nessa lista as matérias primas naturais e desperdiçadas - como casca de arroz, fibras de milho, de bambu e de cana de açúcar, até o lixo de nosso consumo desenfreado, como as famosas garrafas PET. E também os pneus, lixo acumulado de grande volume e que causam problemas tanto de reutilização, quanto de seu descarte  - se mal acondicionados, acumulam água e viram criadouros naturais de transmissores de doenças. E os plásticos, tão discutidos? E o isopor, tão necessário, mas tão letal?

 

Poltrona Bratz, desenhada por Carlos Motta


Por sorte, os produtos que se utilizam desses materiais abundantes e descartados são muitos. Vão desde mantas (sim, você pode estar dormindo com uma...) com fibras de milho, camisetas de fibra de bambu, tênis com solado de pneu reciclado e tecido de PET - isso só para falar de modas da casa e da gente.

E a conversa não para por ai. Não para só na reutilização do desperdiçado, mas também no não desperdício - ou descuido - na produção. Também é considerado ecofriendly  o produto que é feito com material orgânico - puro desde a produção de matéria prima até o descarte ou reuso bem pensado - como o algodão, e outros  vegetais e sementes que compõem produtos de beleza. Ou os que não agridem os animais - nem nos experimentos, nem na composição. A lista é imensa, de porquês, de onde e como.

Podemos ir além. Vem do uso inteligente e bem pensado. Em nossas casas, até o fato de usar filtro ao invés de água mineral - não tanto pela água, mas mais pelo manejo dela e até a embalagem, depois descartada, já faz a diferença. Ou o consumo de bebidas em vasilhames recicláveis ou reciclados. Mas que leve em consideração que a cada reciclo, energias são usadas. Há de se pesar em todas as coisas.

E que tal repensar as escolhas para a nova casa, do terreno à planta bem pensada, dos acabamentos até eletrodoméstico e mobiliário? Quem sabe uma planta que previna calor demais, frio de menos, insolação exagerada ou faltante? Cadê a arquitetura inteligente, com estudo de ventos e da posição do sol - e não só uma bela fachada e muitas tomadas? Que tal um sistema de construção com menos desperdício de material e de tempo?  

Quem sabe repensar as escolhas? Muito da produção de revestimentos hoje usa em sua massa boa quantidade de seus próprios resíduos - ou até de outros resíduos, como as pastilhas feitas de vidro reciclado e até revestimentos fabricados com lâmpadas descartadas. Ou fazendo revestimentos que não usam do processo de queima.  Pisos e revestimentos de cascas de nozes e fibras de bambu. A chamada madeira plástica, produzida com resíduo de indústrias e agregados vegetais, como casca de arroz, por exemplo. Móveis que usam madeira de demolição ou cascas e fibras, tão em alta, por exemplo. O couro que é reutilizado ou imitado, graças a tecnologia, que também nos apresenta materiais com cara de madeiras em extinção, de pedras raras.

 

Ecowwod - Portobello


E não é só na produção. Os metais cada vez mais inteligentes e de baixo consumo. As bacias de caixa acoplada ou as descargas em que se escolhe a quantidade de água necessária. Tem empresa com projetos bem pensados de eletrodomésticos que vão desde a sua fabricação, utilização e até o seu descarte.

E não é simplesmente deixar de usar. E nem é essa a ideia - a não ser que se chegue à conclusão que é um consumo totalmente desnecessário. É usar, sim, mas de forma inteligente, bem pensada. Planejada - ou seja, pensando no futuro.
 
Para isso existem as certificações. Os selos de eficiência em eletrodomésticos, hoje lei. Como o FSC, a certificação florestal , dando garantia de origem, de que a madeira utilizada é oriunda de um processo produtivo manejado de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável, e no cumprimento de todas as leis vigentes. E mais: não degrada o meio ambiente e contribui para o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais. O processo como um todo deve assegurar a manutenção da floresta, bem como o emprego e a atividade econômica que a mesma proporciona.

 

Ecopastilhas da Lepri


Bons exemplos:
- Poltrona Braz (2006), de Carlos Motta, feita de madeira de demolição (ele chama de madeira de redescobrimento)  e couro reutilizado;
- Cadeira Rio (2011), de Carlos Motta, feita em eucalipto certificado com selo FSC e lustração com óleo de laranja orgânico;
- Deck da Ecowood, de São Leopoldo.
- Ecopastilhas Paper da Lepri, com massa feita de lâmpadas descartadas.



 

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