TITULO
Arquitetura & Decoração > Qual o revestimento certo?

Escolha certo! Definição do revestimento vai muito além da estética

Por Joyce Dieh

Na hora de escolher os acabamentos de uma obra ou reforma, vale a pena prestar atenção no que se esconde por trás da beleza das peças e na forma como as usamos. A escolha de revestimentos cerâmicos – e inclua nisso todos, das pequeninas pastilhas aos enormes porcelanatos - exige alguns cuidados. E não são poucos.

Segurança
A segurança é um ponto a ser lembrado. Pequenos tombos podem trazer grandes transtornos. E não atinge só os idosos e as crianças. Cães não estão seguros, assim como pessoas de todas as idades.  E quando se fala em pisos antiderrapantes, pensa-se tão somente nas áreas externas. Mas um piso mais liso pode trazer transtornos em garagens, varandas, sacadas, banheiros, cozinhas e áreas de serviço.

Ou seja: onde tiver água - de chuva até pneu do carro molhado, piso que não foi seco o suficiente após a limpeza ou uns poucos pingos no chão. É preciso se preocupar até mesmo com o nosso “sereno”, comum em certas estações, ou uma simples umidade, das que avisam que lá vem chuva. Ou até em lugares secos, mas que necessitam de atenção, como escadas e rampas (mesmo que cobertas), locais públicos, escolas, clínicas, hospitais e por ai vai... Para escorregar, nem sempre é necessário estar úmido.

Pois é. O assunto é complexo e requer boas escolhas.No geral, quanto mais um piso é liso e brilhante, mais ele é escorregadio. Isso quer dizer que para ser mais seguro, o revestimento deve ter menos brilho - ou seja, ser mais seco ao toque (teste com as mãos!) - e mais textura. E, por isso, também será mais difícil de limpar e manter limpo. Existem fábricas já trabalhando isso e procurando um meio termo. Mas eu ainda me valho das regras de sempre: peça informações! Já existem normas especificas para isso, que devem constar em todos os produtos lançados. Outra dica é usar de revestimentos em menor formato, criando mais juntas e, com elas, mais “freios”. Ou produtos com ranhuras, frisos, o que equivale a texturas. Mas pode ser só um paliativo, não solução! 

Formatos
Está aqui uma dica que gosto de dar. Não se apaixone por um revestimento sem antes imaginá-lo no lugar onde vai ser colocado. E as dicas são simples: quanto menor o espaço, menor o revestimento. E por quê? Nosso olhar é instantâneo. Ele “calcula” em um só  golpe de olho o possível tamanho do lugar. Se você tem um banheiro com pouca largura e nele cabem tão somente duas peças do revestimento escolhido, nosso olho acha que é estreito.

Se colocarmos várias peças pequenas, como as pastilhas ou formatos entre 10 x 10cm, 20 x 20cm, o olho não consegue estabelecer essa largura – e se perde. Quer usar formato maior? Use na diagonal, outra forma de enganar o olhar. Da mesma forma, se pretende alongar um lugar, pode usar formatos retangulares no sentido maior. Se quiser fazer parecer mais largo, ponha na horizontal. O mesmo efeito alonga ou encurta alturas, os famosos “pés direitos”. Tanto para formatos quadrados ou retangulares.

E a forma de colocar também mexe muito com isso. Se sua sala é grande, mas tem uma circulação, salinha ou hall em continuidade com o mesmo revestimento, parta desse espaço menor para definir a colocação. Ou separe os espaços com outra forma de colocação, ou um efeito diferente.

Cores
Vale o que se fala de nossas roupas: cores escuras “emagrecem”, diminuem os espaços e absorvem luz. Ou seja: prefira-as nos espaços grandes e com bastante luz. Cores claras ampliam e trazem luz. Tem espaço pequeno? Capriche no piso claro. Ou clareie muito bem as paredes! Ou seja: se você quer usar cores escuras no piso, abuse na ”luz” das paredes. E isso vale para salas, quartos, banheiros cozinhas, lavabos...

O mesmo efeito fica por conta de cores vibrantes, como as cítricas, o verde limão, os vermelhos. E vale aqui mais um detalhe: algumas cores de esmaltes são mais “frágeis” ao desgaste. Fique de olho nos vermelhos, laranjas, e até muito escuros como azul marinho, marrom e preto.
Outra dica: quer usar cores claras no piso, mas é neurótica por limpeza? Use revestimentos que tenham certo desenho, leia-se ranhuras, veios desenhados, pinguinhos, risquinhos, desde que um tom diferente do usado. Isso distrai o olhar, disfarça os odiados fios de cabelo, por exemplo. Ou as migalhas de pão. Boa dica para cozinhas e banheiros...

Joyce Diehl
Muito antes de se falar em jornalismo on-line e muito menos em redes sociais, hoje acessadas onde quer que estejamos, Joyce Diehl colocou no ar o www.revestir.com.br, um portal online sobre acabamentos e tendências. Mas não foi sempre assim. Em plena virada do século, lançar mão da WEB para passar o que sabia em termos de revestimentos cerâmicos foi um avanço. Depois, outros tipos de revestimentos (como laminados, cimentícios e porcelanatos) ganharam espaço. E vieram as louças, metais, acessórios, tintas. A ideia era condensar num só lugar, e de fácil acesso e fácil entendimento, toda a experiência vivida como arquiteta especializada em acabamentos, promotora e representante de importantes empresas do setor cerâmico.
<< Voltar
  JS Shopping - Os melhores negócios com Imóveis & Automóveis